sábado, 13 de fevereiro de 2010

Uma exposição simples mas rica em saber e pedagogia

"Dizer que o homem é um composto de força e de fraqueza, de luz e de cegueira, de pequenez e de grandeza, não é instaurar-lhe processo: é defini-lo."                                      Denis Diderot


A VIDA DE RAY CHARLES

Este foi o filme que  projectamos aos nosso alunos tinha o intuito de mostrar como a cegueira não tem, necessariamente, de ser uma barreira e o testemunho disto está na vida desta estrela da musica que nos deixou recentemente.

Nascido numa povoação empobrecida na Geórgia (EUA), Ray Charles (Jamie Foxx) ficou cego com sete anos de idade, pouco depois de testemunhar a morte acidental do seu irmão mais novo. Ispirado por uma mãe ferozmente independente, que insistiu que ele encontrasse o seu próprio caminho no mundo, Charles encontrou a sua vocação por detrás do teclado de um piano. Fazendo o circuito musical do velho Sul, o cantor foi ganhando a sua reputação e depois explodiu para a fama mundial quando se tornou o pioneiro na incorporação de influências do gospel, country ou do jazz no seu estilo inimitável.

Ao mesmo tempo que revolucionou a forma como as pessoas apreciavam a música, Ray Charles também lutou contra a segregação racial nos mesmos clubes que o lançaram e apoiou os direitos dos artistas no mundo empresarial da música.

VEM COMER NO ESCURO...



Esta, com certeza, será daquelas experiências que ficará para sempre na categoria das “inesquecíveis”. Afinal, não é todos dias que se almoça no refeitório de uma escola de olhos vendados ao som de Andrea Bocelli! Aliás, quem foi que disse que se come com os olhos?

Alunos e alguns professores aceitaram o desafio e a  experiênia foi comovente e enriquecedora para todos. As reaçãoes de cada um foram diversar. Foi incrícem verificar que quando os olhos eram vendados os gestos que assumiam eram semelhantes aos dos cegos.

A sensação é indescritível. A ausência de luz era completa e todos viviam a experiência de estarem….cegos.

Quando pedimos que esvrevessem numa palavra o que haviam sentido, as palavras foram variadíssimas. PAZ, MEDO, PÂNICO, ESCURIDÃO, DIFICULDADE, AGRADÁVEL, etc.

Uns desistiram, mas a maior parte conseguiu levar o desafio até ao final.




Cegueira Bendita

Ando perdida nestes sonhos verdes
De ter nascido e não saber quem sou,
Ando ceguinha a tatear paredes
E nem ao menos sei quem me cegou!


Não vejo nada, tudo é morto e vago…
E a minha alma cega, ao abandono
Faz-me lembrar o nenúfar dum lago
´Stendendo as asas brancas cor do sonho…


Ter dentro d´alma na luz de todo o mundo
E não ver nada nesse mar sem fundo,
Poetas meus irmãos, que triste sorte!…

E chamam-nos a nós Iluminados!
Pobres cegos sem culpas, sem pecados,
A sofrer pelos outros té à morte!
Florbela Espanca - A mensageira das violetas

O Brasil publica um selo comemorativo do Bicentenário do nascimento de Louis Braille. E nós????

Comemoração do II Centenário do nascimento de Louis Braille

Quem foi este Homem?

Nasceu em 4 de Janeiro de 1809 em Coupvray, na França.
Aos três anos, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.
Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre matricularam-no na escola local. Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e em determinados anos foi seleccionado como líder da turma. Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Instituto Real de Jovens Cegos de Paris.
Louis aprendeu a ler as grandes letras em alto-relevo nos livros mas apercebia-se que era um método lento, não era prático. Na ocasião, ele escreveu no seu diário:

"Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma."

Em 1821, quando Louis Braille tinha 12 anos, dedicou-se de forma entusiástica a um novo método de comunicação táctil que usava pontos em relevo dispostos num rectângulo com seis pontos de altura por dois de largura, duas fileiras com até seis pontos cada uma eram gravadas em relevo no papel, passando a efectuar algumas melhorias.
Em 1824, com apenas 15 anos, Louis Braille terminou o seu sistema de células com seis pontos. Pouco depois, começou a ensinar no instituto e, em 1829, publicou o seu método que hoje tem o seu nome e que permanece basicamente o mesmo até hoje.
Oficialmente, o novo código foi adoptado em 1854, dois anos após a morte de Braille, em 6 de Janeiro de 1852, com apenas 43 anos.